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"Abaporu"

  • Foto do escritor: Ana Branco
    Ana Branco
  • 31 de ago.
  • 1 min de leitura

Pintado em 1928, "Abaporu" representa uma figura sentada com o pé encurtado contra um cato em flor. O título combina duas palavras da língua dos índios tupi-guarani: aba ("homem") e poru ("quem come carne humana").


Esta pintura marcante inspirou o marido de Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade — que recebeu a tela como presente de aniversário — a escrever o "Manifesto da Antropofagia". Tornou-se também a bandeira deste movimento artístico transformador, que diagnosticou o trauma colonial do Brasil e imaginou uma cultura moderna nacional resultante da digestão simbólica — ou "canibalismo" artístico — das influências externas. Logo após a publicação do manifesto do movimento, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade divorciaram-se, e a sua abordagem à arte alterou-se significativamente.


Nascida a 1 de Setembro de 1886, Tarsila do Amaral foi uma das principais figuras na definição da tradição modernista brasileira. O seu caso é um dos muitos que ilustram a centralidade das mulheres artistas nos movimentos artísticos modernizadores de toda a América Latina.

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