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Da arte pobre

  • Foto do escritor: Ana Branco
    Ana Branco
  • 1 de jan. de 2024
  • 1 min de leitura

A arte povera (arte pobre) e o minimalismo recorrem igualmente ao uso de elementos primários, a uma concepção processual do tempo e a uma presença física imponente do objecto artístico. No entanto, enquanto o minimalismo glorifica as formas da sociedade industrial tardia, a arte povera retorna a uma ideia atávica, ritual e primitiva da natureza.


Não foi por acaso que esta corrente surgiu em Maio de 68 na Itália pós-industrial, e no nascimento da filosofia posoperaísta, que estuda a transformação de qualquer forma de experiência em mercadoria. Nesse sentido, a natureza torna-se um apelo a outra sociedade possível e uma rejeição ao novo mundo hipercapitalista.



O trabalho de Mario Merz, nascido a 1 de Janeiro de 1925, inscrito na corrente da arte povera, faz parte da reafirmação da natureza para criticar o desenvolvimento económico compulsivo contemporâneo. Alguns dos seus elementos característicos, como igloos, materiais naturais (argila, madeira, cera, carvão) e alusões à energia, contradizem as formas neutras, ortogonais e de fabricação do minimalismo americano contemporâneo.

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