"Prosit Neujahr" (Feliz Ano Novo)
- Ana Branco

- 1 de jan.
- 1 min de leitura
Asger Jorn participou dos principais debates que atravessaram a reconstrução da Europa na década de 1950, unindo a sua prática artística ao activismo cultural. Jorn, como fundador do grupo CoBrA e da Internacional Situacionista, proclama a criação de um novo espaço de acção e pensamento que desenvolve uma crítica radical à institucionalização do sistema artístico.
Na obra “Prosit Neujahr” (Feliz Ano Novo, 1958), a rejeição da forma, o derramamento de tinta, a expressão do gesto através de uma linha grossa e violenta, representam uma exigência de um novo campo de acção para a pintura, em que a subversão dos valores culturais tradicionais, a ironia e a provocação, fazem parte da posição de Jorn relativamente à prática artística, definida no seu desvio situacionista: «O desvio é um jogo derivado da capacidade de desvalorização. Só quem é capaz de desvalorizar pode criar novos valores. E só onde há algo a desvalorizar, ou seja, um valor já estabelecido, é que se pode fazer uma desvalorização.»


















