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Criatividade

  • Foto do escritor: Ana Branco
    Ana Branco
  • 17 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 10 horas

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O Dia Mundial da Criatividade, que se celebra a 17 de Novembro, tem como intuito enaltecer a sua importância para a vida humana.


«(...) Conforme referem José Gil e Isabel Cristóvam-Bellmann em A Construção do Corpo ou Escrita Criativa (1999) a criatividade compreende a qualidade de pensar de forma inovadora numa produção activa de reflexão, sentimento e acção com a finalidade de transformar e fazer surgir o novo como resposta às actividades mentais que se operam a partir de exercícios cognitivos e sensoriais. Os processos de criação demandam uma postura de ousadia por parte do indivíduo, pois o acto criativo pressupõe o desconhecido, o novo que quase sempre tem origem num estado caótico de organização das emoções e informações.


Ora, se entendemos que a criatividade faz parte de uma experiência que deve abrir possibilidades para a recepção do mundo de forma abrangente e múltipla “em que a acção produtiva gera algo de novo, algo de diferente, resultante da relação entre o carácter único do indivíduo e os objectos, acontecimentos, personalidades e situações que o envolvem” (Rogers: 1996 ), então não devemos fugir do facto de que a capacidade de criar é inerente ao ser humano, consolidando-se desde a produção de bens materiais até aos anseios poéticos que permitem atingir a transcendência.


De acordo com muitos autores, a criatividade está relacionada aos que se permitem observar, olhar e seguir o voo necessário para abstrair-se do mundo, sem contudo perder o vínculo com a realidade subjacente. O criativo assume, portanto, a identidade do louco, do artista e da criança ao entregar-se aos impulsos de criação e ao lançar-se na realização do futuro.


É necessário esclarecer que a criatividade é um processo exigente que recorre aos níveis mais elevados de abstracção, devendo encontrar um canal de concretização que pode ser o mais diverso possível, englobando uma produção variada que atenda às necessidades do corpo e da alma, mas que sobretudo redimensione a existência humana emprestando-lhe sentido e significado. Não resta dúvida de que os criativos conduzem a carruagem da renovação e propõem a reinvenção intelectual, filosófica, material, artística, cultural, social...

Numa sociedade onde cada vez mais as lacunas vão-se alargando e exigindo respostas concretas e úteis, não existe lugar para a criação pela criação e, talvez, mais do que nunca, exista neste momento uma imposição de dar a conhecer aos profissionais de diversas áreas que a criatividade tem a ver com uma das questões mais importantes do processo de humanização que consiste na caracterização do ser humano pela capacidade de desejar. (...)»


Joana Cavalcanti in "A Criatividade no processo de humanização"

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