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Dia Internacional da Igualdade Feminina

  • Foto do escritor: Ana Branco
    Ana Branco
  • 25 de ago.
  • 3 min de leitura
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A 26 de Agosto de 1973 era implementado pelo Congresso dos Estados Unidos o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A data tem como intuito celebrar e trazer visibilidade às questões de equidade de gênero, e a importância do papel da mulher na sociedade.


O relatório GSNI (Gender Social Norms Index), de 2023, não revelou nenhuma melhoria nos preconceitos contra as mulheres numa década, com quase 9 em cada 10 homens e mulheres em todo o mundo ainda a manter tais preconceitos. Metade da população mundial ainda acredita que os homens são melhores líderes políticos do que as mulheres, e mais de 40% acreditam que os homens são melhores executivos de negócios do que as mulheres. 25% das pessoas acreditam que é justificável um homem bater na sua esposa, de acordo com o novo relatório GSNI, lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), refletindo os dados mais recentes da Pesquisa Mundial de Valores.


O relatório argumenta que esses preconceitos geram obstáculos enfrentados pelas mulheres, manifestados no desmantelamento dos seus direitos em muitas partes do mundo, com movimentos contra a igualdade de género a ganhar força e, em alguns países, uma onda de violações dos direitos humanos. Os preconceitos também se refletem na grave sub-representação das mulheres na liderança. Em média, a proporção de mulheres como chefes de Estado ou chefes de governo permaneceu em torno de 10% desde 1995 e no mercado de trabalho as mulheres ocupam menos de um terço dos cargos de gerência. O relatório também lança luz sobre uma ligação quebrada entre o progresso das mulheres na educação e o empoderamento económico. As mulheres são mais qualificadas e instruídas do que nunca, mas mesmo nos 59 países onde as mulheres são agora mais instruídas do que os homens, a diferença média de renda entre os sexos permanece em impressionantes 39% a favor dos homens.


O relatório enfatiza que os governos têm um papel crucial na mudança das normas sociais de género. Por exemplo, as políticas de licença parental mudaram as percepções sobre as responsabilidades do trabalho de cuidador e as reformas do mercado de trabalho levaram a uma mudança nas crenças sobre o emprego de mulheres.


Apesar da prevalência contínua de preconceito contra as mulheres, os dados mostram que as mudanças podem acontecer. Um aumento na parcela de pessoas sem viés em qualquer indicador foi evidente em 27 dos 38 países pesquisados. Os autores do relatório enfatizam que, para impulsionar a mudança rumo a uma maior igualdade de género, o foco precisa estar na expansão do desenvolvimento humano por meio de investimentos, seguros e inovação.


Isso inclui investir em leis e medidas políticas que promovam a igualdade das mulheres na participação política, ampliando os mecanismos de seguro, como o fortalecimento dos sistemas de proteção e assistência social, e encorajando intervenções inovadoras que possam ser particularmente eficazes a desafiar normas sociais prejudiciais, atitudes patriarcais e estereótipos de género. Por exemplo, combater o discurso de ódio online e a desinformação pode ajudar a mudar as normas de género generalizadas para uma maior aceitação e igualdade.


Além disso, o relatório recomenda abordar diretamente as normas sociais por meio da educação para mudar as opiniões das pessoas, políticas e mudanças legais que reconheçam os direitos das mulheres em todas as esferas da vida e mais representação das mulheres na tomada de decisões e nos processos políticos.

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