Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
- Ana Branco

- 16 de out.
- 2 min de leitura
A data sublinha que erradicar a pobreza é uma questão de dignidade, justiça e pertença, não apenas de rendimento. O tema deste ano, “Acabar com os maus-tratos sociais e institucionais, garantindo o respeito e o apoio eficaz às famílias”, centra-se em acabar com os maus-tratos sociais e institucionais, garantindo o respeito e o apoio efectivo às famílias, com um objectivo claro: priorizar os mais desfavorecidos e construir instituições que ajudem as famílias a manterem-se unidas, a prosperarem e a moldarem o seu próprio futuro.
As famílias em situação de pobreza enfrentam frequentemente o estigma e as práticas punitivas em locais que deveriam ajudar: escolas, clínicas, serviços de assistência social e sistemas de protecção da criança. As mães solteiras, as famílias indígenas e os grupos historicamente discriminados relatam julgamentos e controlo que corroem a confiança e a autonomia, culminando por vezes na separação familiar causada pela pobreza, com danos emocionais e sociais duradouros para as crianças e os pais. Para mudar o rumo, o tema do Dia propõe três alterações:
Do controlo ao cuidado: Crie serviços que comecem pela confiança. Reduza as condicionalidades punitivas, simplifique a documentação e dê prioridade a interações respeitosas e centradas na pessoa.
Da vigilância ao apoio: Reequilibre os investimentos, deixando de lado a monitorização e a remoção e encaminhando-os para serviços de fortalecimento familiar: apoio financeiro, creches de qualidade, habitação adequada, assistência à saúde mental, apoio à parentalidade e acesso à justiça.
De soluções de cima para baixo a soluções cocriadas: Envolva as famílias que vivem na pobreza em todas as fases — avaliação, planeamento, orçamento, execução e avaliação — para que as políticas reflitam as necessidades e limitações reais.



















