Direitos Humanos e as ideias que mudam o mundo
- Ana Branco

- 25 de ago. de 2024
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Inspirada nos pensamentos dos iluministas, bem como na Revolução Americana (1776), a Assembleia Nacional Constituinte da França revolucionária aprovou a 26 de Agosto de 1789 e votou definitivamente a 2 de Outubro a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, sintetizado em dezessete artigos e um preâmbulo dos ideais libertários e liberais da primeira fase da Revolução Francesa (1789-1799).
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, demonstrou que as ideias tem poder para mudar o mundo. Toda a realização humana decorre da concretização de ideias que, embora já possuam em si, potencialmente, os resultados almejados, representam apenas opiniões e crenças antes da experimentação. Na era da tecnologia da informação, a transpiração tornou-se menos importante do que a inspiração geradora da ideia.
As ideias mais gerais, cristalizadas em paradigmas, ideias-referência ou modelos mentais, estimulam ou restringem as ideias particulares. Na organização social, as ideias referem-se à maior ou menor liberdade de acção para o indivíduo; individualismo x colectivismo, ou à maior ou menor aderência a princípios éticos universais.
John Maynard Keynes alertou que, em economia, os mortos dirigem os vivos por meio de teorias que, muitas vezes, nunca foram provadas. Thomas Kuhn, no livro "A Estrutura das Revoluções Científicas", afirmou que os cientistas comuns estão aprisionados por paradigmas que os impedem de ver novas verdades. Somente cientistas revolucionários estariam preparados para ampliar as fronteiras do conhecimento.
A psicologia mostra-nos que as ideias podem ser plantadas directamente no inconsciente humano e, assim, gerar comportamentos que o agente justifica por meio de racionalizações, já que não admite estar a ser controlado pelos outros. É preciso, portanto, ter muito cuidado com as ideias que alimentam o cérebro, pois o comportamento pode ser estimulado ou limitado por elas.



















