Divago sem divagar
- Ana Branco

- 21 de mar. de 2024
- 1 min de leitura
Paro para escutar o sossego das árvores na planície ininterrupta do viver.
Embala-me o ar azul infinito e o chilrear da paz dos pardais.
Dispersam-me os sentidos nas razões dos princípios,
nos fins das conclusões e no pretexto das ilusões.
O vento não dá horas,
o Sol não se põe e o relógio não dá tempo.
Não me estranha pensar como quem anda.
Estranha-me andar sem pensar,
existir sem sentir,
calar sem falar e ir sem partir.



















