Espanto
- Ana Branco

- 1 de mar. de 2024
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Espanta-me, sem me espantar, a utilidade do estatuto de espantar. Espanta-me o espanto evidente dos pássaros, ao pousar.
Acontece, entretanto, o meu olhar de espanto. O pasmo absoluto desprovido de sentido. A possibilidade de conceber a alternativa oposta, ao que me suscita espanto. O nada, a que se contrapõe a existência, o haver, o mundo.
Na possibilidade do pasmo, legítimo e provido de sentido, desenhou um espantalho.
É assim, um espanto absoluto.



















