Miragem habitada
- Ana Branco

- 1 de mai.
- 1 min de leitura
Fosse realidade ou sonho da verdade,
percorreu a linha do tempo,
entre a memória e a alma.
Suave a imagem da tela,
ecoada no som da madrugada...
Suspensa,
flutua no barco que navega todos os mares que não desaguam nos rios,
nas estrelas que brilham sem sorrir e na palidez da lua que ilumina todas as viagens.
Tece o tempo, por dentro de quem se aproxima do tempo que tece a vida,
alcançando a imagem inalcançável.
Murmúrios do vento que nunca soprou,
sussurram silêncios nas nuvens altas.
Mergulha o instante que navega à procura de gente.
Gente que é gente que não mente.
Gente que sente como gente, distraidamente.
O sonho habita a miragem que habita o lugar da memória na imagem.



















