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Riqueza de uns, pobreza de outros

  • Foto do escritor: Ana Branco
    Ana Branco
  • 15 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de dez.

BAN

Lançado todos os anos no primeiro dia do Fórum Económico Mundial, em Davos, a Oxfam International publicou hoje o seu principal relatório global sobre desigualdade: “Inequality Inc.”


Este ano, o foco do relatório centra-se no poder corporativo, concluindo que os cinco homens mais ricos do mundo mais do que duplicaram as suas fortunas, de 405 mil milhões de dólares para 869 mil milhões de dólares desde 2020 — a uma taxa de 14 milhões de dólares por hora — enquanto quase cinco mil milhões de pessoas ficaram mais pobres. Se as tendências actuais se mantiverem, o mundo terá o seu primeiro trilionário dentro de uma década, mas a pobreza só será erradicada nos próximos 229 anos.


A análise da Oxfam revela que sete em cada dez das maiores empresas do mundo têm um bilionário como CEO ou principal accionista. O relatório esclarece como os ultra-ricos criaram uma nova era de poder corporativo e monopolista que lhes dá imensa riqueza, mas também controlo sobre as economias nacionais.


Esta tendência crescente nas empresas monopolistas afecta-nos a todos: desde os salários que recebemos, aos alimentos que comemos e podemos comprar, aos medicamentos a que temos acesso e aos direitos que podemos concretizar. O poder corporativo é impulsionado pelo objectivo de aumentar os retornos para os accionistas já ricos, acima de tudo. Este poder desenfreado explora e amplia as desigualdades económicas, de género e raciais e está a contribuir para o colapso climático. Grandes empresas estão a usar o seu poder para reduzir os salários, esquivar-se ao pagamento da sua justa parte em impostos e influenciar os governos a privatizar serviços públicos vitais, como os cuidados de saúde e a educação.


Nas palavras de Franklin D. Roosevelt “a liberdade de uma democracia não é segura se o povo tolerar o crescimento do poder privado até um ponto em que este se torne mais forte do que o seu próprio estado democrático.”


Cada empresa tem a responsabilidade e a capacidade de abordar a desigualdade e os governos devem mostrar liderança para reduzir a grande divisão e reduzir radicalmente o fosso entre os super-ricos e o resto de nós.

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