Uma medida amplamente apoiada de difícil aplicação
- Ana Branco

- 17 de set.
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Atualizado: 1 de dez.
O Dia Internacional da Igualdade Salarial, que hoje se assinala, tem como objectivo homenagear os esforços de longa data que têm sido conduzidos para alcançar a igualdade salarial entre homens e mulheres. A igualdade salarial é um direito humano fundamental e essencial para a construção de sociedades mais justas.
Em todas as regiões, as mulheres recebem menos do que os homens, estimando-se que a diferença salarial seja de 23% a nível mundial. Em Portugal, segundo a PORDATA, as mulheres ganham em média 16% a menos que os homens, o que equivale a 238€ a menos por mês. Esta diferença aumenta à medida que sobem na carreira, chegando a 26% nos cargos de topo, ou 760€ a menos por mês. Em Portugal, a diferença média das pensões de velhice entre homens e mulheres ultrapassa os 300€, elevando o risco de pobreza entre mulheres idosas. Aos 65 anos ou mais, 23% das mulheres estão em risco de pobreza, face a 18% dos homens.
A obtenção da igualdade de género e o empoderamento das mulheres e raparigas é um processo lento e com entraves devido à persistência de relações de poder históricas e estruturais desiguais entre mulheres e homens. Deste modo, o progresso na redução do fosso entre géneros tem sido lento e, embora a igualdade salarial seja uma medida amplamente apoiada, a sua aplicação real tem sido difícil.



















