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Todo o real é irreal?

  • Foto do escritor: Ana Branco
    Ana Branco
  • 27 de set.
  • 2 min de leitura

As nossas narrativas permitem-nos dar sentido ao mundo. Desde a criação do cenário e o fornecimento de meios para compreender o que está a acontecer até à colocação no centro da história da nossa própria vida, as narrativas ajudam a estruturar os nossos objectivos e as nossas vidas. Mas existe o risco de que, em vez de nos ajudarem a compreender o mundo, as narrativas nos possam esconder a realidade.


Da caça às bruxas aos cultos, da propaganda de guerra aos crimes de honra religiosos, há pessoas preparadas para matar e morrer por histórias em que acreditam e que outros vêem como ilusões totalmente falsas.


Devemos ver-nos como presos às nossas narrativas tanto quanto dependemos delas para dar sentido ao mundo? Ou será possível escapar à limitação das nossas próprias narrativas para ver o mundo tal como ele é? E se sim, como?


Tendo em consideração que entendidos na matéria defendem, e explicam, a existência de múltiplas realidades, em que uma se apresenta como sendo a realidade por excelência: a da vida quotidiana, apelidada de "realidade predominante" e, por isso, admitida como sendo “a realidade"; e que muito embora essa constatação faça sentido, nomeadamente para se poder circunscrever o olhar para um objectivo concreto, o certo é que não existe nenhuma realidade objectiva. A atestá-lo, bastará ter em atenção a noção de que a linguagem simbólica vai para além da própria realidade e, por isso mesmo, se constitui como um dos seus principais componentes, o que lhe dá, por conseguinte, um recorte subjectivo.

Todo o real é irreal? Isto recorda-me a canção dos BAN:


“Dá-me um ideal, um imaginário, dá-me um ideal, um imaginário

(Dá-me um ideal, um irreal, dá-me um ideal)

Dá-me um ideal, um ar ilusório, dá-me um ideal, um ar ilusório

(Dá-me um ideal, um ideal, dá-me um ideal, um ideal)

Dá-me um ideal, um ideal, dá-me um ideal

Popular, surrealizar por aí

Popular, surrealizar por aí

Popular

Não me dês moral, dá-me um ideal irreal social popular avançado"



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